quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Não foi. Não era pra ser



O que não entra na cabeça de mulher. É que se o cara quer, ele liga. Se ele está afim de você, ele vai te procurar e não vai ser porque o celular por um descuido caiu na vala que ele vai desistir de você. Se ele não ligou. É simples. Não foi. Não era pra ser. O problema não é a sua celulite ou sua raiz do cabelo que está por fazer. O problema talvez não seja nem nele. Ou talvez até seja. Mas quer saber? Pouco importa. Homens problemáticos por aí tem aos montes, mas poucos que vão merecer você. Mulher é bicho desesperado, o cara esbarra na sua caipirinha e pronto, já pensa em casar, ter filhos e comprar uma casa na praia. Coitada. Não programe. Não se precipite. Não exagere. Não corra na direção contrária. Seja paciente e viva tudo no seu tempo certo. Sem forçar a barra, sem forçar nada. Sem dizer nada. Seja você, rouca, louca, boba, tola. As coisas são como são no tempo exato. Se ele gostar de você, vai ligar, vai procurar e vai exagerar assim como você. Vai esperar pelo próximo encontro, vai separar a roupa, ensaiar a voz rouca e vai gostar de você louca, boba, tola...

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Como tudo na vida...



Sempre acho que namoro, casamento, romance… tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
 
- Ah, terminei o namoro…

- Nossa, estavam juntos há tanto tempo…

- Cinco anos…. Que pena… Acabou…

- É… Não deu certo…

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos essa coisa completa. Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível. Tudo junto, não vamos encontrar. Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona. Acho que o beijo é importante, e se o beijo bate, se joga… Se não bate… mais um Martini, por favor… E vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar… ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa realmente gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob pressão? O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração… faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo. E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse. A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para descartar… ou se apaixonar… ou se culpar. Enfim…quem disse que ser adulto é fácil?

Arnaldo Jabour.

Chorei...



Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei...


Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Intimidade



Intimidade é ler os olhos, os lábios e as mãos de quem está com você. Mais do que repartir um endereço, é repartir um projeto de vida. Não basta estar disponível, não basta apoiar decisões, não basta acompanhar no cinema: intimidade é não precisar ser acionado, pois já se está mentalmente a postos.

Martha Medeiros

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Estranhos conhecidos...




Dois adolescente, uma história, mil sentimentos, duas semanas, muitos beijos, muitos amassos, e mais palavras do que deveria, assim foi o começo de uma história inacabada, muitas coisas aconteceram depois disso, cinco anos de vida aconteceram para nós dois depois disso, nunca mais nos vimos, nunca mais nos falamos, apesar de um invadir a cabeça do outro algumas vezes durante esse tempo.
Cinco anos depois durante uma corrida rotineira no parque, a vida me coloca de frente logo para você, e durante aquela conversa entre dois estranhos muito conhecidos um do outro, eu descobri que apesar dos anos, e das muitas experiências, ainda éramos apenas dois adolescente com uma história inacabada em comum.

C.,
Bem vindo de volta Garoto Inconstante

sábado, 25 de fevereiro de 2012

As coisas vão dar certo



Pensar nele faz com que eu tenha vontade de cuidar de mim mesmo – então é bom. Guardando, guardando, feito jóia. Precioso, delicado. (…) As coisas vão dar certo. Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.

Caio Fernando Abreu,
É Caio, vai dar certo, dessa vez TEM que dar!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tudo que precisava ouvir




Chuck - Eu me distrai o verão inteiro, mas não consegui tirar você da cabeça...
Blair – E?
Chuck - Eu fiquei com medo que se passássemos o verão inteiro juntov você iria ver
Blair – Ver o que?
Chuck – Eu... Por favor não vá
Blair – Me dê um motivo para isso, e “Eu sou Chuck Bass” não conta...
Chuck – Porque você não quer ir...
Blair – Não é o suficiente
Chuck – Porque eu não quero...
Blair – Não é o suficiente
Chuck - O que mais é?
Blair – O motivo verdadeiro pra eu querer ficar onde estou e não entrar no carro, 3 palavras, 7 letras... Diga eu sou sua...
Chuck – Eu... Eu...
(Silêncio)
Blair – Obrigada, isso era tudo que precisava ouvir

Gossip Girl

Posse

 
 
Ocupo todos os cantos da cama para deixá-los fora do meu mundo. É o meu modo de esconder que na verdade eu só queria perder o cobertor para pés maiores que os meus. Dormir sozinha dá aquelas sensação de que o frio existe mesmo quando o termômetro marca 30 graus, de que os travesseiros são insuficientes e o espaço é infinito. Por dentro e por fora.
Ocupo todos os segundos do meu dia pra não deixá-los tomarem posse da solidão que cultivo como companheira. Sou dela, não tem jeito. Sou minha e não sei me dividir. Essa é só a maneira que eu aprendi a ser, porque pertencer aos outros faz doer.
Já aceitei vocês e suas cargas, suas faltas; e nada disso foi suficiente porque vocês não puderam ou não souberam me aceitar. Vocês não podem carregar o que tem aqui dentro, esse peso que eu preciso dividir pra não ficar sobrecarregada por existir. Agora não aceito mais. Não consigo aceitar nada pela metade e vocês são incompletos porque não se permitem ir além.
Não posso aceitar e dormir sozinha é quase um protesto. Não aceito. Não deixo mais ninguém me roubar de mim.
 
Verônica Heiss

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

De mais pra ele



Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo: ‘olha, não dá mais’. Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail, não é mesmo?
Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu: ‘mas agora eu to comendo um lanche com amigos’.
Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita,mais equilibrada ou mais inteligente, ele não volta pra mim?
Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta.
E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia. Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito.
Decidi ser uma mulher mais feliz, afinal, quando você é feliz com você mesma, você não põe toda a sua felicidade no outro e tudo fica mais leve.
Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas,quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu.
Mas eu sou taurina com ascendente em Áries, lua em gêmeos e filha única!
Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi que eu tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim.
Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida. Voltei de viagem e tchân, tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.
Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris.
Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar.
Resultado disso tudo: silêncio absoluto.
O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele. Até que algo sensacional aconteceu.
Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher, que eu acabei me tornando mulher demais para ele.
Ele quem mesmo?

Martha Medeiros

Me libertar da vontade de ouvir sua voz...



Olho pela sacada da minha casa e lembro de você chegando. Corria para o enorme espelho do meu quarto, checava se estava tudo em ordem e dizia para mim: - Aii eu gosto dele. Andei pensando e as coisas precisam ser mudadas. Nas próximas apaixonites vou repetir em mantra: eu não gosto dele, eu não gosto dele, eu não gosto dele.Tenho quase 21 anos e consegui estragar todos os meus relacionamentos simplesmente porque gostei demais das pessoas. Dessa vez quero acertar, por isso combinei comigo que, apesar de estar morrendo por você, não gosto de você. Espero você tocar a campainha olhando para a porta. Meu coração dispara, mas eu mando ele parar. Estraguei todos os meus relacionamentos de tanto que meu coração dispara. Dessa vez quero acertar, dessa vez quero que alguém fique comigo ao menos um mês sem me achar louca. Cansei de sempre ser a garota louca que espanta todo mundo.
[...]
Eu olho tanto meu celular que já decorei de quanto em quanto são cinco minutos. Eu tenho vontade de jogar meu celular numa parede qualquer. E me libertar da vontade de ouvir sua voz.

Tati Bernardi

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Pois é pessoal, a vida dessa blogueira, pós-carnaval, voltou ao normal e muito mais inspirada que antes, esperem que os textos de um velho conhecido estão voltando, façam suas apostas...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

É desespero...


Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Frejat
Gente tenho que pedir desculpas pra vocês, sei que não andam vendo muitos textos meus, mas as coisas andam chatas e monótas na vida da blogueira que vos fala, que nem esta valendo a pena escrever, aliás nem mesmo os textos mais lindos e perfeitos não estão me animando muito, então talvez diminua um pouco as postagens por aqui, mas prometo que vou continuar atualizando sempre que a inspiração deixar, ou algum texto tocar alguma coisa aqui dentro...

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Eu adoro voar



Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!

Clarice Lispector

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A pegada



O Ministério da Saúde adverte: uma boa pegada pode mudar o dia, o mês, a vida.
Quando um homem não consegue ou não pode dizer alguma coisa que gostaria muito, ele pega no seu braço. Mas não é qualquer pegada que vem com um texto bonito embutido... tem que ser na altura do bíceps, forte (mesmo), quase incômoda e com os olhos atravessando os seus. Pensando bem, acho que são os olhos que dizem, o aperto é apenas para que seus olhos subam e alcancem a íris em frente. Dali saem textos mudos e lindos dos mais variados tipos. Pode ser desde “estamos juntos nessa, amor” até “casa comigo” ou “seu eu pudesse te arrastava pra minha casa agora”. A pegada no braço tem boa chance de acabar em uma deliciosa noite de troca de fluidos (e, dizem, até em casamento) mas mesmo que não chegue nesses estágios pode curar dores musculares e autoestima baixa.
Já o “vem cá, minha nega”, que te encurrala num cantinho qualquer da casa, pode curar vários tipos de moléstia, de depressão a enxaqueca passando por azedume crônico. Mas (infelizmente) não é qualquer guento que traz as benesses do verdadeiro “vem cá, minha nega”. Para ser milagroso ele precisa ser na parede, na pia ou afins, ter um puxão de cabelo firme, enlace redondo na cintura e barba malfeita na nuca e no pescoço. Se não, pode até ser gostoso, mas não serve para fins medicinais. Um “vem cá, minha nega” por mês para cada ser do sexo feminino e poderíamos decretar o fim do mimimi. Imagina só? Ia sobrar terapeuta, antidepressivo, chocolate e rockzinho emo.

Lia Bock,
Gente eu estou completamente apaixonada pelos textos da Lia Bock, genias, prometo que vocês começaram a ver muitos por aqui!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Amores impossíveis



Nada como aquele amor das férias ou aquele cara em quem você deu um único beijo e ele se mudou para Oslo... pra casar. Ou então aquele que enroscou o corpo no seu numa pista escura e vocês se encaixaram de cima a baixo quase a vácuo... mas ele preferiu acabar a noite com um gatinho de barba malfeita. Serve também aquele pra quem você olhou e disse “fodeu, é ele!” e nunca mais o viu. Seria exagero dizer que foram os melhores momentos de nossas vidas, verdade. Mas lá dentro sempre fica a sensação de que, se não fosse pelo pequeno detalhe de que não aconteceu pra valer, esse amor foi (ou teria sido) perfeito. Amores impossíveis sempre dão certo!!
Nossa imaginação é tão perfeita e nos conhece tão bem que é capaz de criar histórias irretocáveis partindo apenas de um olhar, de um beijo, de um adeus ao que poderia ter sido. Não há lágrimas, não há arrependimentos. Amores impossíveis não partem, não traem, não têm defeitos, ciúme ou aquela irmã louca. E se houver algum mínimo defeito basta tomar um drinque para corrigir. Nada como dirigir a nossa própria história e inventar diálogos que nos derretem, afinal, ninguém melhor do que nós mesmos para escrever as palavras que nos tocam e mostrar ponto exato da nuca onde turn it on.
O amor quando é impossível não machuca, não destrói e não tem final feliz exatamente porque não tem final! Amores impossíveis são para sempre.

Lia Bock

Viva os amores impossíveis!